Uma paciente primigesta, com 35 semanas de idade gestacional, deu entrada no serviço de emergência queixando-se de edema generalizado com uma semana de evolução, cefaléia iniciada há uma hora. Ao exame físico, apresentava-se edemaciada (+2/+4), com fundo uterino de 26 cm, ausência de dinâmica uterina, batimentos cardiofetais regulares de 132 bpm e pressão arterial de 150 mmHg × 100 mmHg. Ainda no consultório, no momento do exame clínico, a paciente apresentou obnubilação e convulsões tônico-clônicas generalizadas.
Tendo esse caso clínico como referência, assinale a opção correta.
Uma das teorias mais utilizadas para explicar a fisiopatologia da doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) diz respeito ao desequilíbrio entre as prostaglandinas vasodilatadoras e vasoconstritoras. Na DHEG ocorre aumento da prostaciclina (vasoconstritora) em detrimento ao tromboxane (vasodilatador).
A hipótese diagnóstica mais provável para a paciente referida no quadro acima é epilepsia, visto que a pressão arterial não se encontra suficientemente elevada a ponto de justificar uma eclampsia. Nesse caso, a conduta medicamentosa mais adequada seria o diazepam.
É correto afirmar que o caso em tela retrata um caso de hipertensão crônica na gravidez, com um quadro de DHEG grave (eclampsia) superajuntada.
O fundo uterino encontra-se abaixo do esperado para a idade gestacional, o que pode ser atribuído a restrição de crescimento intrauterino e(ou) oligoidramnia, ambos podendo ser ocasionados pela síndrome hipertensiva, pois a mesma tende a cursar com má placentação, levando a um quadro de insuficiência placentária crônica.
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