Homem de 62 anos vem à consulta de rotina e, no momento, apresenta-se sem queixas clínicas. É tabagista, sedentário, obeso (IMC = 31), com antecedente de depressão e artrite gotosa. AF: pai faleceu aos 52 anos por IAM (infarto agudo do miocárdio). Medicamentos em uso: Alopurinol e antidepressivo. Ao exame físico: bom estado geral, corado, hidratado, lúcido. PA média sentado 164/106mmHg, PA em pé 158/102mmHg, FC 78bpm, FR 16irpm, afebril, acianótico. Ausculta cardíaca: bulhas rítmicas normofonéticas sem sopro em dois tempos, ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares presentes, sem ruídos adventícios bilateralmente. Abdômen: globoso por adiposidade, flácido, ruídos hidroaéreos presentes, sem sopros, indolor e sem visceromegalias à palpação. Extremidades: pulsos palpáveis e simétricos, sem edema de membros inferiores. Esta é a primeira consulta do paciente com o Clínico e, após breve revisão do prontuário, o Médico constata que, em consultas prévias, o paciente já vinha com níveis pressóricos maiores que 140x90.
Quanto ao diagnóstico, condução e tratamento do caso, assinale a alternativa incorreta.Trata-se de um paciente Hipertenso (estágio 2). O principal objetivo do tratamento é reduzir a morbidade e mortalidade cardiovascular globalmente, através da redução dos fatores de risco relacionados à doença aterosclerótica.
As evidencias científicas demonstram que para casos como este o uso de inibidores de ação central, como a Metildopa, aumenta a sobrevida, melhorando a função renal e a sobrecarga cardíaca.
As medidas não farmacologias para controle da HAS são importantes para serem orientadas. São esses: redução do peso, cessão do tabagismo, moderar o consumo de bebidas alcoólicas, exercícios físicos regulares, hábitos alimentar saudável com redução do sal nos alimentos.
Considerando os fatores de risco e os níveis pressóricos do paciente, a meta é manter os níveis pressóricos inferiores a 130/85mmHg.
Aos hipertensos em estágios 2 e 3 é recomendado terapêutica combinada logo de início. O paciente apresenta depressão e artrite gotosa, uma melhor associação para o caso seria inibidores de ECA e bloqueadores de canais de Cálcio, devendo evitar betabloqueadores e tiazídicos.
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