Mulher, 46 anos, hipertensa em tratamento irregular, é conduzida ao hospital por familiares devido a quadro de náuseas, vômitos e desorientação, seguido de torpor. A família refere que ela se queixava de cefaleia incapacitante que não cedeu com analgésicos e anti-inflamatórios. Família nega febre ou passado de enxaqueca. Referem ainda que ela havia apresentado na última semana outro quadro de cefaléia de importante intensidade, que cedeu após o uso de múltiplos analgésicos. Ao exame, torporosa, PA = 160 X 100mmHg, FC = 90 bpm e questionável irritação meníngea. Não havia déficit neurológico focal.
Considerando o quadro clínico apresentado, a principal hipótese diagnóstica é:
- A. hemorragia subaracnóidea; tomografia computadorizada de crânio deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se normal, está indicada punção liquórica diagnóstica;
- B. acidente cerebrovascular hemorrágico; ressonância nuclear magnética de crânio deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se confirmado, deve ser programada intervenção cirúrgica;
- C. meningite bacteriana; punção lombar deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se alterado, indica início imediato de antibioticoterapia venosa;
- D. acidente cerebrovascular isquêmico; tomografia computadorizada de crânio deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se normal, está indicada ressonância nuclear magnética para pesquisa de outros diagnósticos;
- E. vasculite primária do SNC; angioressonância deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se confirmado, deve ser iniciada pulsoterapia com corticóide.