Uma jovem de vinte e seis anos de idade foi atendida no ambulatório de cardiologia, relatando que, havia cinco meses, apresentava dispneia aos esforços e, mais recentemente, acordava com intensa falta de ar, necessitando ficar sentada na cama para conseguir conciliar o sono. Informou que, nas quatro últimas semanas, passou a apresentar desconforto na região do hipocôndrio direito, sensação de empachamento pós-prandial e início de rouquidão, além de edema de membros inferiores, mais acentuado no final da tarde. Ao exame clínico, foi observado que a paciente apresentava dispneia, tolerando pouco o decúbito dorsal, estava afebril, acianótica, consciente, pressão arterial de 100 mmHg x 68 mmHg (no membro superior direito, na posição sentada), com frequência cardíaca de 68 bpm. Seu exame cardiovascular mostrou precórdio calmo, ictus cordis visível e palpável no 5.o espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular esquerda, normoimpulsivo, discreta impulsão sistólica na região paraesternal esquerda baixa e na região epigástrica. À ausculta, percebeu-se ritmo cardíaco regular em dois tempos, hiperfonese da segunda bulha em foco pulmonar, primeira bulha hiperfonética em focos de ponta, presença de estalido de abertura da mitral, sopro diastólico (grau III de Levine) protomesodiastólico, em ruflar, com reforço présistólico, mais bem audíveis em foco mitral, presença de sopro sistólico, holossistólico, suave, mais bem audível em foco tricúspide, intensificado pela manobra de Müller, sem irradiação, pulsos periféricos palpáveis e simétricos, presença de turgência jugular à direita (com cabeceira do leito a 30º), com onda V gigante e presença de refluxo pedojugular. O exame respiratório não mostrou anormalidades. O exame do abdome evidenciou dor à palpação do hipocôndrio direito, com fígado palpável, 3 cm abaixo da borda costal direita, liso, borda romba, doloroso, com pulso hepático. Verificou-se a presença de edema, com sinal de Godet, nos membros inferio
Na projeção PA do radiograma de tórax, as linhas B de Kerley são imagens lineares retilíneas, densas, curtas, horizontais, frequentemente visibilizadas nas regiões inferiores dos campos pulmonares, que decorrem de espessamento dos septos interlobulares dos pulmões e expressam edema pulmonar intersticial associado ao incremento da pressão capilar pulmonar.
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