Uma mulher de 78 anos, hipertensa, diabética e com doença renal crônica em estágio 4, está no primeiro dia de pós-operatório de colecistectomia por colecistite aguda. Ela apresenta-se assintomática e aceitou bem a dieta líquida oferecida pela manhã. O exame físico é normal, exceto pela cicatriz cirúrgica. Como parte da rotina pós-operatória, foram solicitados eletrocardiograma (ECG) e exames laboratoriais. O ECG mostra onda Q patológica em parede inferior, que não existia no exame anterior, e a troponina Testá em 23,8ng/mL (normal: < 0,01 ng/mL), sendo este exame repetido e confirmado por curva enzimática. Sobre este cenário clínico, marque a afirmativa correta.
A troponina não é um bom marcador de necrose miocárdica no pós-operatório, pois está associada com resultados falso-positivos. O ideal é realizar ecocardiograma a fim de avaliar se há déficit contrátil segmentar no ventrículo esquerdo.
A conduta mais apropriada é a reperfusão, que poderá ser via farmacológica (fibrinólise) ou hemodinâmica (angioplastia primária).
Pequenas elevações nas enzimas cardíacas são normais no pós-operatório de grandes cirurgias em pacientes diabéticos e não conferem pior prognóstico. Portanto, esta paciente deve continuar com a rotina normal de cuidados pós-operatórios.
Apresença de nova ondaQpatológica noECGe o aumento da troponina são suficientes para o diagnóstico de infarto do miocárdio, mesmo na ausência de dor precordial.
Devido à alta suspeição clínica de infarto do miocárdio, a conduta ideal é a angiotomografia das artérias coronárias. Caso haja lesões > 70%, deverá ser indicada coronariografia com angioplastia e colocação de stent.
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