Nas provas de vida extrauterina, realizadas na perícia de fetos e bebês a termo na rotina médico-legal, utilizamos de docimásias para provar que o sujeito passivo do crime, ou da morte natural, estava vivo. Das provas e experiências mais conhecidas descritas abaixo, qual está correta?
- A. A docimásia óptica de Bouchut refere que a distensão dos pulmões com a respiração provoca o abaixamento das cúpulas diafragmáticas. Ou seja, a expansão dos lobos pulmonares ajuda na retificação da convexidade diafragmática.
- B. A docimásia pulmonar hidrostática de Galeno estabelece que os pulmões que respiraram têm a sua densidade diminuída, pela penetração do ar e expansão dos espaços aéreos. A prova consiste em mergulhar o tórax e os pulmões em frascos com vidros, em 4 etapas distintas, para que se possam retirar conclusões válidas. Em resultado positivo, os pulmões flutuam em uma das quatro etapas.
- C. A docimásia de Plouquet propõe o uso rotineiro de cortes histológicos dos pulmões, para o diagnóstico microscópico entre o tecido pulmonar fetal e o tecido que já respirou.
- D. A docimásia de Balthazar utiliza-se do aspecto poligonal, em mosaico, determinado pela lobulação pulmonar, enquanto os pulmões fetais mostram superfícies homogêneas. Nessa prova, utilizamos de uma lupa para melhorar a visualização do mosaico pulmonar.
- E. Casper desenvolveu a docimásia gastrintestinal, que como a de Galeno, relata que os bebês que nasceram vivos deglutiram o ar. Deve-se retirar o tubo digestivo (do esôfago ao reto), ligá-los e mergulhá-los em um vasilhame com água. Na positividade, o tubo ou parte do tubo, flutua. Em casos de dúvida, podemos fazer cortes no estômago e delgado, dentro da água, e verificar se saem bolhas de ar.