Apendicite aguda responde por cerca de 4% das causas de abdômen agudo, sendo a causa inflamatória mais frequente da cavidade abdominal. O diagnóstico geralmente baseia-se nos dados da história, exame físico e testes laboratoriais. Entretanto, até um terço dos pacientes com suspeita de apendicite apresenta quadro clínico e laboratorial atípico, situação na qual os exames de imagem podem ser imperativos. Sobre os exames de imagens na apendicite aguda, assinale a afirmativa INCORRETA.
- A. O apendicólito não indica, necessariamente, que o órgão esteja inflamado, pois este achado é observado em adultos assintomáticos e sem distensão apendicular.
- B. O uso do contraste oral na TC é desnecessário na maioria dos casos, sendo utilizado nos pacientes com dor abdominal inespecífica, ou quando se necessita da opacificação do íleo para dirimir qualquer dúvida, caso o contraste retal não seja elucidativo.
- C. O exame ultrassonográfico tem sido amplamente utilizado no diagnóstico de apendicite aguda, em virtude do seu baixo custo, da sua grande disponibilidade e por ser inócuo, apresentando sensibilidade e especificidade que variam de 75% a 93% e de 91% a 100%, respectivamente.
- D. A TC helicoidal apresenta vantagens sobre a convencional (cortes transversais sequenciais), como menor tempo de exame e possibilidade de reconstruções com cortes mais finos, apresentando melhores resultados finais. A TC multidetectores com cortes transversais, seguidos de reconstruções no plano coronal, pode melhorar a caracterização ao apêndice, sendo a sensibilidade maior com o uso dos cortes transversais, isoladamente.