Mulher de 51 anos de idade, solteira, HIV positivo, sem tratamento, foi admitida no hospital em estado de mal convulsivo. A paciente era previamente hígida, exceto por herpes-zóster ocorrido há dois anos. Há seis meses, estava em investigação de doença neurológica que iniciou como disfasia súbita, com lenta progressão para monoparesia (membro superior direito), hemiparesia e hemiplegia à direita. Houve perda ponderal de 10 kg no período. Ressonância nuclear magnética (RNM) de crânio, realizada cinco meses antes da internação, mostrou hipersinal na substância branca do hemisfério cerebral esquerdo. Na admissão hospitalar, encontrava-se em mau estado geral, gemente, afásica e hemiplégica à direita. Apresentava hiper-reflexia à direita, com sinal de Babinski nesse lado. Reflexos oculares normais. Após o controle das crises, manteve-se clinicamente estável, afebril, orientada no tempo e no espaço, com disfasia de expressão. Nova RNM mostrou, em relação ao exame anterior, aumento na extensão das áreas de hipersinal, comprometendo a substância branca nos lobos frontal e parietal esquerdos, sem impregnação anômala do gadolínio. Observaram-se lesões envolvendo o tálamo à esquerda e a substância branca frontoparietal direita (áreas de gliose e (ou) desmielinização). Foi solicitado CD 4 de 34/mm³ e carga viral de 217 mil cópias/mL.
Com base nesse caso clínico hipotético, julgue os itens a seguir.
A maioria dos casos de infecção pelo vírus JC é com CD 4 < 100/mm³.{TITLE}
{CONTENT}
{TITLE}
Aguarde, enviando solicitação...