Um paciente de cinquenta anos de idade, 60 kg de peso corporal, portador de hipertensão arterial sistêmica e linfoma Hodgkin, foi internado com quadro de neutropenia febril pós-quimioterapia. No pronto-socorro, foram realizadas antibioticoterapia, ressuscitação volêmica com soro fisiológico 0,9% e coletas para exames laboratoriais. Apesar das medidas iniciais, o paciente evoluiu com instabilidade hemodinâmica e insuficiência respiratória, sendo transferido para unidade de terapia intensiva (UTI). Após quarenta e oito horas de internação na UTI, o paciente estava sedado, em ventilação mecânica assisto-controlada modo controlado à pressão (FiO2 60% e peep 10) e em hemodinâmica compensada à custa de 1,0 μg/kg/min de noradrenalina. Nesse período, o paciente teve débito urinário de 300 mL/24h e balanço hídrico positivo em 15 litros. Nos exames laboratoriais, apresentou hemoglobina = 8 g/dL, plaquetas = 32 mil/mm3, leucócitos 200/mm3, RNI = 2, TGO = 150, TGP = 400, Bb T = 3,0 mg/dL, creatinina = 2,4 mg/dL (dosagem prévia foi de 0,6 mg/dL), ureia = 60 mg/dL, potássio = 5 mEq/L, Na = 138 mEq/L, CR = 117 mEq/L e albumina = 3,5 mg/dL. A gasometria mostrou pH = 7,18; pCO2 = 28 ; HCO3 = 13; BE = -10; pO2 = 105 e lactato = 2,0 mmol/L. A ecografia renal não apresentou alterações.
Com relação ao caso clínico acima apresentado e aos múltiplos aspectos que ele suscita, julgue os itens subsequentes.
O paciente em questão apresenta insuficiência renal aguda com classificação AKIN 3, tendo indicação para o início de terapia renal substitutiva.{TITLE}
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