Sabe-se que as doenças infecciosas contribuem significativamente para mortalidade e piora da qualidade de vida dos idosos, havendo maior risco de hospitalização quando comparados aos adultos jovens. Essa diferença pode ser justificada, dentre outros fatores, pela disfunção imune e pela presença de comorbidades. Diante desse cenário pode-se dizer que:
- A. a ausência de febre ou a menor elevação da temperatura parece estar relacionada a uma redução de receptores hipotalâmicos aos pirógenos leucocitários (IL1), associada à modificação da sensibilidade térmica do idoso e das mudanças da composição corporal que deixa esse indivíduo mais suscetível à desidratação e, consequentemente, menos afeito a quadros febris
- B. em relação às infecções respiratórias e à avaliação da gravidade da pneumonia, o prognóstico e os critérios para hospitalização baseiam-se em dois índices: CURB-65I e o PSI. O primeiro considera a presença de confusão mental, uremia, frequência respiratória, hipotensão e idade maior que 65 anos. Já o segundo é um índice de severidade que inclui 20 variáveis
- C. nas infecções urinárias, sintomas como disúria, diminuição da frequência miccional, febre não esclarecida, alteração nova do estado de consciência e anorexia são algumas das apresentações clínicas no idoso. Alem disso, dados de literaturatura demonstram que em ILPIs, o número de casos de bacteriuria assintomática é maior entre os homens do que em mulheres
- D. a presença de herpes zoster na população idosa é semelhante à que ocorre nos adultos imunocompetentes e que a dor, nesta patologia, pode ser um fenômeno prodrômico, podendo preceder as lesões cutâneas em mais de uma semana, ou ser confundida em muitos casos com angina, colecistite, glaucoma, nefrolitíase e compressão do nervo espinhal