Fraturas de pelve geralmente resultam de traumas de alta energia e, em cerca de 90% dos casos, há lesões associadas. A incidência de fratura de pelve nos grandes centros urbanos é de aproximadamente 23 para cada 100.000 habitantes e a mortalidade geral varia de 4 a 23%. Sobre fraturas de pelve está INCORRETO afirmar:
- A. O ATLS (suporte à vida no traumatismo avançado) recomenda que todos os pacientes com fraturas pélvicas sejam submetidos ao toque retal para investigar a presença de sangue, pois os traumatismos graves com grande impacto podem envolver dispêndio de energia suficiente para a ruptura do anel pélvico, geralmente com lesões associadas e grande hemorragia retroperitoneal.
- B. Os quadros complexos com grande hemorragia usualmente resultam da ruptura do complexo ósteo-ligamentar, decorrente de fratura e/ ou luxação sacro-ilíaca ou de fratura sacral, sendo que a abertura do anel pélvico esgarça os plexos venosos pélvicos e ocasionalmente rompe o sistema arterial ilíaco interno.
- C. A estabilização do anel pélvico não permite a mobilização precoce do paciente, mas diminui o índice de mortalidade. Inúmeros dispositivos como o fixador externo anterior, o fixador pélvico e as calças antichoque promovem rápida estabilização em situações de emergência, controlando a instabilidade hemodinâmica, e são o tratamento definitivo ideal, pois controlam a instabilidade mecânica do anel pélvico posterior.
- D. Nenhuma das alternativas.