A úlcera péptica era, até recentemente, considerada uma doença de etiologia desconhecida, de evolução em geral crônica, com surtos de ativação e períodos de acalmia, resultantes de perda circunscrita de tecido em regiões do trato digestivo capazes de entrar em contato com a secreção cloridropéptica do estômago. É diferenciada das erosões pelo fato destas não atingirem a submucosa e, portanto, não deixarem cicatriz ao se curarem. O aparecimento de úlceras pépticas pode estar associado ao uso prolongado de antiinflamatórios não esteroides (AINES). Acredita-se que AINEs promovem lesão gastroduodenal por dois mecanismos independentes, ou seja, diretamente por efeito tóxico direto, em nível epitelial, sobre os mecanismos de defesa da mucosa gastroduodenal, resultando em aumento da permeabilidade celular, inibição do transporte iônico e da fosforilação oxidativa, e, sistematicamente, enfraquecendo os mecanismos de defesa através da inibição da cicloxigenase, enzima-chave na síntese das prostaglandinas. Desta forma, AINEs causam uma redução significativa nos teores de prostaglandinas das mucosas. Desta forma, não é um fator de risco que claramente cursam com o risco aumentado de complicações da úlcera péptica pelo uso deste tipo de medicação:
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