Paciente de 26 anos de idade é acompanhada ambulatorialmente, há dois anos, devido ao diagnóstico de macroprolactinoma (12 mm, sem extensão suprasselar, na ocasião do diagnóstico). Encontra-se em tratamento com cabergolina, 0,5 mg, duas vezes por semana, e sua última avaliação complementar, há três meses, evidenciou prolactina sérica de 5,3 ng/mL e adenoma hipofisário de 9 mm, sem extensão suprasselar. Em avaliação clínica de rotina, a paciente levou resultado positivo de beta-hCG, e a idade gestacional calculada pela data da última menstruação foi de seis semanas e três dias.
Considerando a situação hipotética apresentada no texto, é correto afirmar que a melhor abordagem dessa paciente consiste em
- A. substituir a cabergolina por quinagolida, considerando o diagnóstico de macroprolactinoma, já que a quinagolida, ao contrário da cabergolina, não atravessa a placenta.
- B. descontinuar a cabergolina e monitorar a paciente clinicamente e por meio da avaliação do campo visual, reiniciando a cabergolina em caso de sintomas ou sinais compressivos.
- C. descontinuar a cabergolina e monitorar a paciente clinicamente e por meio da dosagem sérica de prolactina, uma vez que, durante a gestação normal, a prolactina sérica raramente se eleva para valores superiores a 300 ng/mL.
- D. descontinuar a cabergolina e monitorar a paciente clinicamente e por meio da avaliação do campo visual, solicitando avaliação por ressonância magnética em caso de sintomas ou sinais compressivos.
- E. manter a cabergolina, considerando o diagnóstico de macroprolactinoma e o fato de já ter havido exposição fetal à droga durante o período inicial de organogênese.