No papiro de Ahmes, antigo documento escrito pelos Egípcios, foram registrados vários problemas matemáticos. O problema de número 48 mostra uma comparação entre a área de um círculo e a área de um octógono não regular, construído dentro de um quadrado.
Numa unidade de medida qualquer, u, o círculo tem diâmetro 9u, e o lado do quadrado que dá origem ao octógono mede também 9u. Considerando que as duas áreas, do círculo e do octógono, sejam iguais, foi possível calcular o valor de π. Ubiratan D'Ambrosio, em seu livro Educação Matemática: da teoria à prática, discorre sobre o papel da história da matemática no ensino. Sobre trabalhar com os alunos o método do papiro de Ahmes, está em completo acordo com as reflexões de Ubiratan Dámbrósio na obra citada a afirmação:
Não vale a pena conhecer historicamente pontos altos da matemática de ontem porque, na melhor das hipóteses, isto apenas orienta o aprendizado e o desenvolvimento da matemática de hoje.
Não vale a pena, porque o valor encontrado para π é 3,11 e , portanto, não muito próximo do valor correto.
Como em outros assuntos, conhecer o método traz elementos para se perceber como teorias e práticas matemáticas foram criadas, desenvolvidas e utilizadas num contexto específico de sua época.
Do ponto de vista de motivação contextualizada, a matemática que se ensina na escola de hoje é morta. Poderia ser tratada como fato histórico. Sendo assim, para que mostrar um método tão antigo de cálculo?
Algo da matemática do passado serve para hoje, mas, muito pouco, e, mesmo assim, em linguagem e codificação moderna. Procedimentos e métodos antigos devem ser completamente banidos do ensino da matemática.
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