Sociologia - Teorias sociológicas - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2008
O trabalho do antropólogo se constitui em olhar, ouvir e escrever. Essa afirmação de Roberto Cardoso de Oliveira, no entanto, separa essa produção em dois momentos. Um primeiro seria caracterizado pelas práticas dominantes de olhar e ouvir, fundamentos para as interlocuções e coletas de dados no trabalho de campo. Escrever caracterizaria o segundo momento. Atividade externa ao campo, ela se daria no ambiente institucional a que pertence o pesquisador, para produção de um texto reflexivo sobre a primeira etapa. O autor afirma que o pesquisador, no exercício de seu ofício, goza de autonomia epistêmica, que deve ser mediada de forma a que a interpretação dos dados seja balizada pelas categorias e conceitos básicos constitutivos da disciplina. Para que se assegure que essa autonomia esteja vinculada aos dados empíricos, é necessário
submeter o texto produzido, em função dos dados coletados, ao crivo dos principais interlocutores no campo.
relatar, descritivamente, as situações vivenciadas no campo, privilegiando o detalhamento dos dados de maneira a possibilitar exercícios comparativos por analogia.
permitir sempre o controle dos dados pela comunidade profissional.
equilibrar a veiculação dos dados de natureza qualitativa e quantitativa, de forma a possibilitar o controle recíproco das variáveis.
retomar o trabalho de campo, após concluído o texto, para submissão das hipóteses veiculadas na conclusão do mesmo a novas observações direta e participante.
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