A estrutura social e o Estado nascem continuamente do processo vital de indivíduos determinados, mas não são idênticos às representações que estes indivíduos, ou outros, deles se façam; antes, são idênticos à sua existência real, pela qual agem, produzem materialmente, pela qual são ativos em limites, pressuposições e condições materiais determinados, independentemente de seu livre arbítrio. As representações que se fazem esses indivíduos são relativas, seja à sua conexão com a natureza, seja às suas vinculações mútuas, ou à sua própria constituição. É evidente que, nesses casos todos, as representações são expressão consciente — real ou ilusória — de suas ligações reais e a confirmação de sua produção, de seu comércio, de sua atitude social e política. A suposição contrária somente é possível se considerarmos, além do espírito dos indivíduos reais e materialmente condicionados, ainda, outro espírito especial. Se a expressão consciente das condições reais desses indivíduos é ilusória, se a realidade comparece em suas representações de maneira invertida, isso é uma conseqüência de suas atividades limitadas e da situação social limitada que daí decorre. Karl Marx. A ideologia em geral.
Tendo o texto de Karl Marx acima como referência inicial, julgue os itens a seguir.
Segundo Marx, não é a vida que determina a consciência, mas a consciência que determina a vida.
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