De acordo com a norma culta, a mistura das pessoas do discurso em um texto, muitas vezes, demonstra a incapacidade do interlocutor em concordá-las de forma coerente e coesa. Algumas vezes, entretanto, a mistura evidencia o respeito à variante linguística como na propaganda de medicamentos genéricos, contratada pelo Ministério da Saúde. O texto veiculado afirmava:
Genérico é tão bom quanto o remédio de marca, mas custa bem menos. Doutor, prescreva genéricos. E você, se o médico esquecer, lembra ele. Considerando o enunciado e o exemplo dado, assinale a alternativa incorreta.A frase declarativa Genérico é tão bom quanto o remédio de marca, mas custa bem menos evoca dois auditórios: o universal, consumidor e o particular, médicos.
Em Doutor, prescreva genéricos, o uso do verbo no imperativo, de acordo com a norma culta, está conjugado adequadamente.
Por se tratar de um receptor específico, doutor, foi adequado o uso do verbo prescreva, em vez de receite, mais apropriado para o auditório universal.
Mesmo com a mudança do receptor, público universal, o adequado seria respeitar a norma culta da Língua Portuguesa e não cometer a inadequação lembra ele.
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