Assinale o segmento construído com organização sintática escorreita.
Note-se, em primeiro lugar, que todas as abordagens a respeito da questão penitenciária em nosso país giram em torno, exclusivamente, dos efeitos do crime. Encara-se o delito como fato irreversível, perante os quais só nos resta atuar após a sua ocorrência.
Há uma propagação persistente, diria até obstinada, da ideologia da repressão como o instrumento único de combate ao crime. Entendam-se como repressão os mecanismos retributivos utilizados face o cometimento do delito.
A cultura repressiva vem acompanhada da divulgação, pelos meios que mais atingem a massa – filmes e novelas –, da violência como único meio de reação às frustrações e decepções a que o mundo se nos oferece.
É verdade que Estado e sociedade pouco fazem para dar à prisão um sentido utilitário e construtivo. Investem no encarceramento, mas desatendem as necessidades e exigências do sistema em relação à ressocialização do egresso.
Assiste-se a um paradoxo. O cidadão exige punição, quer soluções para a questão penitenciária, mas afasta- se dos presos e dos egressos, sequer admite a construção de presídios em sua cidade. Falta-lhes a coragem de passar da exclusão discriminatória para a ação inclusiva.
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