As questões de números 16 a 20 referem-se ao texto que segue.
O jornal New York Times começou a publicar, para cada soldado morto, capturado ou desaparecido no Iraque, um retrato e um resumo de sua jornada. Essas pequenas galerias de rostos evocavam, na memória, uma outra galeria, bem maior, que ocupou as páginas do mesmo jornal durante meses depois do atentado de 11 de setembro de 2001: os retratos e os obituários de todas as vítimas do ataque. Um ano mais tarde, na cerimônia do aniversário do atentado, em Nova York, não houve discursos de fundo, mas diversos oradores alternaram-se no palco para ler em voz alta, um a um, os nomes das 2.801 vítimas.
A cultura americana, mais do que qualquer outra, vive e pensa a coletividade como um conjunto de indivíduos.
Para um europeu ou um sul-americano, comemorar, explicar e mesmo narrar um acontecimento é, no mínimo, problemático se não se explorar sua dimensão propriamente social: o encontro ou a luta de idéias, classes, nações, grupos, grandes interesses econômicos etc.
(Contardo Calligaris,
Terra de ninguém)É preciso corrigir a redação da seguinte frase:
Europeus e sul-americanos não explicam os fatos sociais do mesmo modo que os norte-americanos.
Há divergências segundo as quais os norte-americanos são incomparáveis com outros povos quanto à compreensão da sociedade.
As diferenças entre os povos decorrem, em grande parte, da compreensão que tem cada um do que seja, efetivamente, uma coletividade.
O autor do texto sugere que o individualismo está na base da concepção que os norte-americanos têm do que seja uma coletividade.
A valorização máxima de cada indivíduo estampouse, sob a forma de nomes e rostos, nas páginas memoráveis do New York Times.
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