Basta uma vista de olhos pelas estatísticas ocupacionais de um país pluriconfessional para constatar a notável frequência de um fenômeno por diversas vezes vivamente discutido na imprensa e na literatura católica bem como nos congressos católicos da Alemanha: o caráter predominantemente protestante dos proprietários do capital e empresários, assim como das camadas superiores da mão de obra qualificada, notadamente do pessoal de mais alta qualificação técnica ou comercial das empresas modernas. (WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 29).
O livro A ética protestante e o espírito do capitalismo inicia com a constatação de uma relação entre dois fenômenos, a confissão religiosa e a estratificação social. A partir de dados estatísticos, Max Weber procurou estabelecer conexões entre a doutrina protestante e o desenvolvimento do capitalismo. A respeito das teses do autor sobre essas conexões, analise as assertivas abaixo.
I. A relação entre a religião e a sociedade não se dá por meios institucionais, mas por intermédio de valores introjetados nos indivíduos e transformados em motivos da ação social.
II. A formação do ethos protestante mostrou-se propícia ao desenvolvimento do capitalismo, em oposição ao ethos contemplativo atribuído ao catolicismo.
III. A recusa de um modo de vida ascético, baseado na autodisciplina, na poupança, na austeridade, no dever e na propensão ao trabalho, foi determinante para o sucesso dos indivíduos protestantes na sociedade capitalista.
IV. Certos tipos de Protestantismo, em particular o Calvinismo, favoreciam o comportamento econômico racional, característico do espírito do capitalismo.
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