Os segmentos transcritos abaixo são partes seqüenciadas de um texto. Aponte o segmento inteiramente correto quanto à organização sintática, emprego dos sinais de pontuação e propriedade no uso dos vocábulos.
Ética dos políticos soa, para a maioria de nossos concidadãos, como um oxímoro. Seria uma ética com desconto, deficitária, complacente, ante à verdadeira ética: a da vida privada.
Esse é um fenômeno brasileiro (em nosso país, as virtudes são privadas, e os vícios, públicos), de Terceiro Mundo (idem) e, cada vez mais, mundial (ibidem). Vivemos a descrença na ágora, no espaço público.
Ao político depreciado, chama-se maquiavélico. No meio milênio que se passou desde ""O Príncipe"", Maquiavel simbolizou o político sem escrúpulos na expressão, que não é dele, segundo o qual os fins justificariam os meios.
Numa leitura "moderna" de Maquiavel, podem-se discernir uma ética com vistas a resultados de outra que respeita os valores. A primeira seria uma ética da responsabilidade; a segunda de princípios. Políticos consideram os resultados prováveis de suas ações. Cientistas estimam os valores.
Por extensão, passou-se a transferir o que se aplicam aos cientistas para os homens privados em geral: as exigências de respeito a valores incondicionais valem mais a indivíduos privados do que a homens públicos, do qual é axioma a famosa frase de Mandeville: ""Vícios privados, benefícios públicos"".
(Renato Janine Ribeiro, Folha de S. Paulo, 17/07/2005, com modificações){TITLE}
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