Assinale a opção em que todos os sinais de pontuação foram empregados de acordo com a norma gramatical.
Já se disse várias vezes que a pós-modernidade morreu, mas ninguém até agora havia afirmado de forma tão cabal, que ela nem sequer existiu. É justamente o que defende o filósofo Gilles Lipovetsky. Ele argumenta que, desde os anos 50, o mundo vive uma intensificação jamais vista do tripé, que sempre caracterizou a modernidade: o mercado, o indivíduo e a escalada técnico-científica.
A partir dos anos 80, com o avanço brutal da globalização e das novas tecnologias de comunicação, esse fenômeno – que ele batizou de hipermodernidade – adquire uma velocidade espantosa, passando a interferir diretamente sobre comportamentos e modos de vida.
Mais do que um lance de retórica, o termo hipermodernidade define a situação paradoxal da sociedade contemporânea, dividida de modo quase esquizofrênico entre a cultura do excesso e o elogio da moderação. De um lado, diz Lipovetsky, "é preciso ser, mais moderno que o moderno, mais jovem que o jovem, estar mais na moda, que a própria moda"; de outro, valorizam-se "a saúde, a prevenção, o equilíbrio, o retorno da moral ou das religiões orientais".
Esse convívio frenético de ordem e desordem – ou "caos organizador", como define Lipovetsky – que identifica a sociedade hipermoderna, resulta paradoxalmente, na fragilização do indivíduo, que vê ruir as antigas formas de coesão social – Estado, religião, partidos revolucionários.
Otimista – "isso hoje, é um defeito" –, ele rebate visões apocalípticas sobre o futuro e diz, que as crises sempre foram inerentes ao capitalismo – "sistema flexível, que aceita críticas e sabe se adaptar".
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