Atenção: Para as questões de números 26 a 29, considere, além do texto abaixo, seu específico contexto: foi publicado no jornal A Província de São Paulo, em 4 de janeiro de 1875, em seção intitulada "ANNUNCIOS".
A consideração dos padrões ortográficos que hoje empregamos e dos presentes no texto permite concluir:
Os padrões ortográficos ilustram a diferença existente entre alfabetização e escolarização: hoje, os cidadãos escolarizados são também alfabetizados, mas, no século XIX, a ausência de um conjunto claro de regras ortográficas impedia as escolas de oferecer plena alfabetização.
A ortografia tem suas regras situadas entre aquelas que constituem a gramática, no sentido chomskiano, da língua, na medida em que organizam observações sobre fatos, sem qualquer conotação valorativa.
A ortografia é uma norma, uma convenção social. Se é verdade que pode haver regras orientando a forma como se convencionou escrever certas correspondências letra-som, essas regras são sempre arbitrárias, o que significa dizer que não têm em si um sentido de necessidade.
As normas ortográficas, ao longo da história, tendem a se tornar mais lógicas e simples (como atesta, por exemplo, a eliminação de dígrafos da ortografia atual), garantindo, paulatina e integralmente, a correspondência letra-som.
O padrão ortográfico nacional passou, ao longo de dois séculos, por um processo de involução que o distanciou de precisos parâmetros fonéticos e o aproximou de arbitrárias justificativas etimológicas.
{TITLE}
{CONTENT}
{TITLE}
Aguarde, enviando solicitação...