Assinale o trecho que apresenta erro na grafia de palavra.
O filme justiça mostra situações à beira da explosão, que de alguma maneira já conhecíamos por meio de filmes como Carandiru e O Prisioneiro da Grade de Ferro. O diferencial aqui é o acesso à intimidade de cinco casos específicos, flagrados no cenário ascéptico do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Por intermédio deles, o filme tenta construir uma metonímia da sociedade brasileira, na qual a Justiça funcionaria como elemento de reafirmação de uma ordem social fundamentalmente injusta
Antes de mais nada, Maria Augusta desvenda um pequeno mundo solenemente ignorado pela grande maioria dos espectadores. A frieza do ambiente nas salas de audiência e o caráter altamente ritualístico dos procedimentos de interrogatório favorecem o método da diretora.
A câmera comporta-se como um olho neutro, fixo, quase ausente. Mas o uso de várias câmeras permite uma montagem que sublinha os jogos de olhares, as reações contidas, as dissimulações. E sobretudo a rigidez de um dispositivo em que o juiz todo-poderoso e o réu intimidado se confrontam sem qualquer sentido de proporção, ante o silêncio quase total dos demais circunstantes.
O diálogo impossível – porque na verdade não é buscado – ressalta a impessoalidade dos julgamentos em ritmo industrial. Os longos corredores do tribunal, imersos em sua típica iluminação indistinta, materializam o labirinto sem saída de um sistema penal alienado das condições do país. O que o filme consegue captar desse "teatro" absurdo é simplesmente admirável
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