Língua Portuguesa - Ortografia - - 0000
As questões de números 3 e 4 referem-se ao seguinte trecho do romance O cortiço, em que Aluísio Azevedo trata da figura de João Romão, o sovina proprietário.
Desde que a febre de possuir se apoderou dele totalmente, todos os seus atos, todos, fosse o mais simples, visavam a um interesse pecuniário. Só tinha uma preocupação: aumentar os bens. Das suas hortas recolhia para si e para a companheira os piores legumes, aqueles que, por maus, ninguém compraria; as suas galinhas produziam muito e ele não comia um ovo, do que, no entanto, gostava imenso; vendia-os todos e contentava-se com os restos de comida dos trabalhadores. Aquilo já não era ambição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um desespero de acumular, de reduzir tudo a moeda.
Todas as palavras estão corretamente grafadas na frase:
O ávaro João Romão é o protagonista do romance com o qual se notabilisou o autor, que, além deste livro sobre habitação coletiva, nos deu ainda outro, menos famoso, que é Casa de pensão, cujo estilo segue sendo o dos autores naturalistas.
O trecho suprascitado mostra até que ponto chegava a avaresa do neurótico proprietário, fazendo sofrer também a escrava com quem vivia e a quem ludibriava, escrava para a qual se reservou um trágico destino.
A conversão de tudo em moeda era a principal obsessão do dono do cortiço, à qual seguiria o desejo compulsivo de um título de nobreza, pelo qual estava disposto a pagar qualquer preço e que acabou, enfim, chegando às suas mãos.
A ansia pela acumulação era a principal rejente das decisões de João Romão, que acabaria enriquecendo e estabelecendo para si novas metas de poder, inclusive a obtensão de um título de nobreza.
Apezar de adorar ovos, João Romão esimia-se de comê-los, por ganância doentia, não se permitindo qualquer prazer que lhe trouxesse algum ônus; desta forma, amialhou muitos recursos, enriqueceu e multiplicou as casinhas do cortiço.
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