Raimundo Faoro em "Os Donos do Poder" (1958) apresentou uma interpretação sobre o subdesenvolvimento do Brasil no qual descreveu, entre outras coisas, as mazelas da administração pública brasileira. Aponte a opção que se enquadra no argumento desse autor.
Apesar das inúmeras mudanças históricas pelas quais passou o Brasil, o aparato administrativo e político permaneceu sob a apropriação de um mesmo grupo social, que tinha como objetivo a obtenção de poder, prestígio e riqueza.
Baseado em uma abordagem marxista, Faoro demonstra como a burocracia brasileira tinha um caráter patronal, sendo apropriada por uma burguesia que era intimamente ligada às elites políticas.
Apropriação da máquina administrativa e política era feita por setores de uma elite agrária, que faziam prevalecer os seus interesses na prevalência da política de agro-exportação.
A herança portuguesa de captura do aparelho do Estado, por parte de uma burguesia, guarda estritas relações com a abordagem de Caio Prado Jr. – autor contemporâneo de Faoro, que também interpretou o subdesenvolvimento.
A herança da administração colonial portuguesa gerou o chamado "patronato político brasileiro", responsável pela predominância da força política rural descentralizada sobre a urbana centralizada.
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