Os fundamentos do Serviço Social, numa perspectiva crítica, reconhecem que a profissão se configura como
- A. unilateral e não corresponde ao movimento histórico desenhado pela luta de classes. A luta de classes produz e reproduz a questão social que se consubstancia em mazelas e vulnerabilidades acolhidas pelas instituições prestadoras de Serviços Sociais.
- B. um conjunto de técnicas e táticas que permitem reconhecer as necessidades sociais criadas pelo modo de produção capitalista, cuja evolução e movimento independe da ação dos sujeitos, pois há uma determinação histórica do movimento da economia que se sobrepõe à capacidade protagonista dos cidadãos em geral e dos profissionais em particular.
- C. um produto histórico, como uma especialização do trabalho coletivo, que adquire inteligibilidade na história social de que é parte e expressão. Além disso, também é a expressão das necessidades sociais criadas no movimento das relações entre o Estado e a sociedade civil, das relações entre classes, suas frações e as instituições por elas criadas no enfrentamento da questão social.
- D. inscrita na divisão sócio-técnica do trabalho, com um arcabouço teórico construído a partir de uma única matriz capaz de dar respostas mais efetivas sobre o empobrecimento e a vulnerabilização da sociedade. Trata-se, portanto, de uma profissão que não tem definido seu instrumental técnico e interventivo.
- E. fundamental para atuar na relação Estado e sociedade civil, alterando seu papel de acordo com as exigências contemporâneas. Porém, trata-se de manter seu arcabouço teórico e prático constituído sobre o tripé do pragmatismo, do iluminismo e da visão holística da sociedade.