A utilização dos métodos estratigráfico e tipológico para o estabelecimento de cronologias relativas decorre dos seguintes raciocínios:
quanto mais complexos e ricos forem os elementos que integram a tipologia de um objeto, resultará mais clara e precisa sua seqüência cronológica nos estratos; o tipo e a forma de um instrumento serve para a sua colocação no tempo e no espaço.
quando temos um vestígio isolado, porém pertencente ao mesmo estrato, ele pode ser considerado um elemento intrusivo, ou seja, de outra cultura; tudo que é dessemelhante em um mesmo estrato pertence a culturas diferentes; a diversidade é dada pela estratigrafia.
todos os vestígios encontrados em um mesmo estrato são sincrônicos; tudo que está em cima é mais recente; tudo que está em baixo é mais antigo; todos os vestígios tipologicamente associados a uma dada seqüência estratigráfica podem ser utilizados como referência para classificar temporalmente outros conjuntos culturais.
quando elementos de uma cultura estão em contato com um estágio determinado e datado no desenvolvimento de outra, automaticamente podemos fazer paralelismos cronológicos; temos condições de calcular o tempo transcorrido desde a chegada do objeto de uma cultura à outra.
o estudo tipológico de uma coleção de superfície de um sítio destruído permite inferir a ordem estratigráfica original de deposição destes artefatos.
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