A discussão teórico-conceitual que versa sobre a renovação e preservação urbana esbarra, entre tantos aspectos, no conflito entre limites e funções dos espaços históricos e nãohistóricos da cidade. Quanto a esse debate, muitos documentos sobre políticas de conservação do patrimônio material e imaterial, bem como as críticas e as teorias desenvolvidas por autores considerados clássicos no âmbito da arquitetura, revelam a importância de se integrar a cidade histórica à contemporânea como parte da memória dos que a habitam. Nesse sentido, é relevante afirmar que:
a Carta de Atenas (1942), em seus conteúdos urbanísticos, recomenda que a conservação de sítios e monumentos arquitetônicos deve contemplar as funções habitar, trabalhar e circular nos projetos de renovação urbana.
a Carta de Veneza (1964) estabeleceu nova interpretação de monumento histórico, que passou a embasar as iniciativas de preservação e conservação do patrimônio cultural no mundo ocidental, incluindo os aspectos simbólicos contidos nas áreas urbanas.
para Giulio Carlo Argan (2000), a conservação de valores intangíveis das áreas urbanas históricas, incluindo as centrais, deve trabalhar com a hipótese de renovação da cidade a partir do conceito de museus a céu aberto.
Henry Lefèbvre (1991) destaca que, a partir da industrialização, os centros urbanos desapareceram, e que as qualidades estéticas desses centros antigos se constituem no suporte para a renovação e a conservação do patrimônio cultural das cidades.
Kevin Lynch (1981) introduziu, a partir da década de 1980, no processo de conservação de áreas urbanas, o conceito de fachadismo como a melhor maneira de apropriação de tipologias arquitetônicas históricas.
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