Para Walter Benjamin, citado por Lúcia Santaella em (arte) & (cultura) equívocos do elitismo, o cinema é a forma de arte que corresponde à vida cada vez mais perigosa, destinada ao homem de hoje. A necessidade de se submeter a efeitos de choque constitui uma adaptação do homem aos perigos que o ameaçam. O cinema equivale a modificações profundas no aparelho receptivo, aquelas mesmas que vivem atualmente, no curso da existência privada, o primeiro transeunte surgido numa rua de grande cidade e, no curso da história, qualquer cidadão de um Estado contemporâneo. Partindo de sua idéia sobre cinema e pensando sobre o ensino de arte, o que Walter Benjamin poderia ter dito sobre a TV e a internet se tivesse vivido para vê-los?
Promovida por imperativos econômicos-políticos, estes meios facilitam a manipulação e a despolitização.
Os meios de reprodução de linguagem não são apenas meios de consumo, mas são, simultaneamente, meios de produção.
Voltadas para a ação e não para a contemplação, para o global e não para o regional, os novos meios levam à massificação.
Alienação é o perigo maior destes novos meios, pois devora quaisquer outras alternativas de estímulo ao desenvolvimento de outras formas de produção e criação de linguagens e mensagens.
O olhar se move sobre as telas e monitores de modo superficial, consumista e com muita rapidez, o que prejudica a contemplação de obras de arte.
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