Seis dias e seis noites em Doha restituíram a capacidade da OMC de transformar discórdia em concórdia e dissiparam a sombra de Seattle. Nada mais oportuno, dada a assustadora acumulação de perigos. Um fracasso teria condenado a OMC à inação. A pressão para que os países renegassem o internacionalismo, assumissem as reclamações protecionistas feitas pelos populistas e seguissem aferrados às estreitas prioridades nacionalistas era enorme. Mesmo assim, eles não se dobraram. Os ministros dos 142 países-membros da OMC chegaram à rodada de negociações decididos a conceber um programa equilibrado. Declaramos claramente que os direitos dos países pobres têm primazia sobre as patentes de medicamentos na área de saúde pública. Na esfera da agricultura, o mandato de negociação oferece aos países em desenvolvimento a possibilidade de obter benefícios comerciais substanciais.
A partir do texto do ex-premiê da Nova Zelândia e atual diretor-geral da OMC, julgue os itens que se seguem.Referindo-se à "sombra de Seattle", que, sob seu ponto de vista, teria sido dissipada em Doha, o autor lembra as manifestações populares que, a partir das ruas de Seattle e chegando ao confronto com vítima fatal em Gênova, contestavam os rumos adotados pela globalização, defendendo uma nova perspectiva — de forte viés social — para a economia contemporânea.
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