Entre os grandes eixos da mudança política no mundo ocidental no final do século XX destacam-se a crise fiscal do Estado e a crise do modelo de administração. Esta última apresenta várias dimensões, enunciadas abaixo, exceto:
O compromisso com procedimentos democráticos eliminava qualquer possibilidade de gestão empreendedora por parte dos servidores públicos, já que submetia decisões técnicas a critérios políticos, impondo à administração uma lógica puramente eleitoral.
A ênfase na disciplina e nos controles tornou a administração amarrada a uma racionalidade técnica e processual que se mostrava contraditória com a busca de resultados. As atividades dos funcionários orientavam-se pelo formalismo e pelo ritualismo, privilegiando os procedimentos operacionais.
Ao invés de as atividades se justificarem pelos benefícios proporcionados à sociedade – que é o que sustenta a própria existência da administração pública na ordem democrática ocidental – eram voltadas para o próprio Estado ou para a "organização".
A estrutura hierárquica mostrava-se ineficiente, devido à sua rigidez, centralização e verticalidade.
Os princípios da hierarquia e da obediência eliminavam a criatividade e justificavam a falta de responsabilidade por parte dos agentes públicos: como deviam acatar ordens – e não questioná-las – não podiam ser responsabilizados já que, na realidade, apenas cumpriam o seu dever.
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