Comunicação Social - Técnicas de apuração, redação, objetividade, edição e produção jornalística - Fundação Getúlio Vargas (FGV) - 2016
A premissa dicotômica entre língua e fala foi abordada por diversos autores, dentre os quais se destaca Roland Barthes. Segundo ele, Língua é uma instituição, um corpo abstrato de coerções; Fala é a parte momentânea dessa instituição, que o indivíduo extrai e atualiza para atender às necessidades da comunicação; a Língua é oriunda da massa de falas emitidas, no entanto toda Fala é extraída da Língua: em história, essa dialética é a dialética entre estrutura e acontecimento; em teoria da comunicação, dialética entre código e mensagem (BARTHES, Roland. Sistema da Moda, pg. 41, 2009). O teórico e jornalista Nilson Lage, por sua vez, ao discorrer sobre a linguagem jornalística, explica que a Língua nacional abriga pelo menos dois registros de linguagem: o formal e o coloquial. Segundo ele, o registro formal é uma imposição de ordem política e que o manejo correto dessa linguagem serve como índice de ascensão social. Já o registro coloquial é espontâneo e permite maior expressividade. A partir daí, pode-se inferir que a linguagem jornalística:
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