O jornalismo de revista tem sobrevivido às novas tendências de comunicação de massa, ainda que tenham ocorrido várias mudanças nos últimos anos; por exemplo, a norte-americana Newsweek e a brasileira Capricho migraram para a Internet, enquanto a versão brasileira da Playboy deixou de ser publicada pela Editora Abril. Tais mudanças são indicativas
- A. dos custos decorrentes do preço do papel, o que torna uma revista impressa em papel couchê geralmente mais cara, ainda que suas tiragens de vendas estivessem aumentando exponencialmente nos 10 últimos anos, assim como tem ocorrido com o mercado editorial de livros no Brasil.
- B. da mudança do perfil de consumo dos leitores, que têm preferido acessar informações e notícias através de sites, blogs e mídias sociais, o que releva a necessidade de os jornalistas revisitarem suas práticas e rotinas produtivas, bem como a qualidade dos produtos finais que ofertam no sistema midiático.
- C. da troca de linhas editoriais dessas e de outras revistas, que vêm percebendo um esgotamento tendencial das pautas que interessam aos leitores, que buscam novidades em outros espaços da Internet, tentando romper cada vez mais com a bolha informativa na qual eles se inserem cotidianamente.
- D. das novas práticas dos personagens e fontes jornalísticas, que têm adotado cada vez mais o uso de mídias sociais digitais para falarem diretamente com seu público, o que tem esvaziado os conteúdos das reportagens e entrevistas feitas pelos jornalistas, que se veem sem personagens para a redação de seus textos.