Questão número 333323

Com base no texto acima, assinale que situação, no dia-a-dia do jornalismo, NÃO pode ser tomada como uso ritual e estratégico da objetividade, como a define Tuchman.

  • A.

    As páginas de opinião dos jornais pautam-se pelo pluralismo liberal (KUNCZIK, M. Conceitos de jornalismo: norte e sul. São Paulo: Edusp, 1997). Ou seja, publicam opiniões diversas para promover o debate público. Ao fazer isso, o jornal aparenta estar isento em relação às opiniões que divulga. No entanto, mantém para si o papel de editar as opiniões, não alterando os textos enviados, mas demandando-os e atribuindo o momento e o espaço em que serão publicados. Ou seja, a página de opinião manifesta, sobretudo, a opinião do jornal, mas é usada como ritual estratégico de defesa da sua objetividade.

  • B.

    A cobertura econômica tem um grande desafio: traduzir, em termos acessíveis, os acontecimentos de um campo social bastante hermético. Por vezes, o jornalismo econômico lida com cifras que, de tão altas, são desprovidas de sentido para grande parte da população. Nesses casos, tenta, algumas vezes, converter os valores em referências conhecidas, como número de cestas básicas, normalmente para dar a dimensão gigantesca do valor. Em outras ocasiões, cita a informação com extrema precisão e repete o procedimento ao longo da matéria. Nesses casos, a precisão de informações atua como uma garantia de que o trabalho de apuração foi acurado. Ou seja, tem como principal função garantir a precisão do texto, produzir um efeito de sentido. É um ritual de defesa prévia das críticas.

  • C.

    Numa situação hipotética, um jornalista é designado para cobrir uma manifestação de um grupo pelo qual simpatiza. Para veicular as opiniões do grupo, sem, no entanto, ser acusado de parcial, ele faz uso vasto das aspas. Reporta, assim, a opinião com a qual concorda, mas não se compromete. Dessa forma, usa um instrumento usual de citação do jornalismo como recurso estratégico para defender a sua objetividade.

  • D.

    As informações, num texto jornalístico, são hierarquizadas. Ou seja, o primeiro parágrafo, além de responder algumas perguntas fundamentais, ainda traz a informação mais importante. Essa forma usual de organizar o texto jornalístico, evidenciando uma pesquisa e seleção de dados, é uma proteção prévia contra as críticas. Ou seja, se está organizado assim é por que a informação é relevante. Logo, sua publicação segue critérios objetivos que não podem ser criticados

  • E.

    Na posse do prefeito José Serra (PSDB), em São Paulo, houve uma intensa discussão com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). O prefeito empossado alegava que a sua antecessora não havia deixado recursos para pagar uma dívida com a União. Segundo a assessoria de Marta, o recurso existia, de um repasse legal do governo de São Paulo, também do PSDB, que, no entanto, havia sido depositado em juízo. Nesse caso, o jornalismo da Globo ouviu as duas versões e as divulgou. Manteve o tom de bate-boca, sem, porém, checar nenhuma informação. Ou seja, usou como ritual de defesa a divulgação de versões contraditórias, sem checar a veracidade das declarações

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