Esteban condena a prática de uma avaliação classificativa, isto é, uma avaliação que tenha como proposta distinguir o aluno certo do errado, o bom do mau, o que aprendeu do que não aprendeu. Para ela, essa forma de avaliar carece de um sentido, na medida em que apenas exclui determinados alunos ao favorecer outros. A autora contrapõe esta concepção à avaliação investigativa, que não possui essa perspectiva classificatória. Um exemplo de avaliação investigativa pode ser a seguinte situação:
- A. o professor realiza provas e exercícios semestralmente, a cada um destes é atribuída uma nota e ao final do ano é feita uma média. Cada aluno deve atingir um valor mínimo para ser aprovado;
- B. ao longo de todo o processo de ensino, o professor avalia cada atividade realizada pelos alunos, sempre lhes atribuindo um conceito (suficiente/insuficiente). Aos alunos que receberem um insuficiente, serão dispostas atividades extras de recuperação já previamente elaboradas, para distinguir aqueles que tem condições para progressão e os que não tem;
- C. ao término das aulas previstas pelo curso, o aluno é submetido a uma longa bateria de provas. Ao término desse processo, o aluno ganha, juntamente com seu diploma, um relatório discriminando as atividades em que se destacou, assim como das atividades em que ficou aquém das expectativas do curso;
- D. ao fim de cada trimestre, o professor e sua turma realizam uma autoavaliação, em que definem um conceito (do A ao F) para o grupo. Ao término do curso, os certificados dos alunos estarão marcados com o conceito final da turma, sendo que os que obtiverem mais do que 50% de conceitos F repetirão o ano;
- E. ao longo de cada módulo do curso, o professor, através de algumas atividades eleitas, evidencia as insuficiências de aprendizagem da turma e, a partir de uma reelaboração de seu planejamento, busca retrabalhá-las.