Em uma de suas mais renomadas obras, A Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire faz uma crítica à relação educador-educando ao desenvolver o conceito de educação bancária que, nos diz o autor, caracteriza-se como uma pedagogia estritamente narrativa. Nesse sentido, a principal crítica do autor a essa perspectiva de ensino refere-se:
- A. ao fato de a rigidez de sua caracterização do professor (como o que sabe) e do aluno (como o que não sabe) negar a educação e o conhecimento como processos de busca;
- B. à constante opressão que o aluno sofre em sua relação com o professor, que, em seu preconceito frente às origens do aluno, assume uma postura autoritária, agressiva e intolerante;
- C. ao gênero linguístico escolar que, focado em exercícios narrativos, desfavorece os alunos que não têm fácil acesso a livros e a outras formas de mídia que se apropriam desse gênero;
- D. ao alto custo da educação de qualidade no Brasil, na medida em que os professores mais qualificados são atraídos pelos altos salários das escolas da iniciativa privada, prejudicando as classes oprimidas;
- E. à constante opressão que os alunos sofrem em suas relações com outros alunos, o chamado bullying, que desde os anos 90 vem cada vez mais integrando o cenário escolar brasileiro.