Desenho Industrial - Geral - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2008
De modo geral, as madeiras maciças são materiais que apresentam uma estrutura básica formada em duas fases: uma aglutinante, constituída pela resina lignina e outra reforçante, constituída pelas fibras de celulose. A relação entre as fases determinará as propriedades de cada madeira. A partir dessa relação, indique as características básicas desse grupo de material para trabalhos utilizando técnicas de marcenaria convencional, que utilizam respigadeiras, tupias, tornos, entre outras máquinas.
As madeiras maciças, como o Jatobá e o Ipê, apresentam estruturas formadas por média concentração de lignina e grande dispersão de fibras longas de celulose. Esta relação apresenta boa condição elástica, propriedade necessária para trabalhos em marcenaria convencional.
A relação entre esses dois componentes determinará a cor, a resistência mecânica, densidade e, por conseguinte, as formas de processamentos e aplicações. As madeiras maciças, com grande concentração de lignina e média dispersão de fibras médias de celulose, são indicadas para marcenaria convencional, dado aos índices apresentados pelas propriedades plásticas originadas desta relação.
Apesar da lignina e das fibras de celulose estarem presentes na constituição dos materiais orgânicos naturais, entre eles as madeiras, esta relação não chega a determinar propriedades específicas para processamentos, pois, em decorrência da geometria da peça/produto, é possível compatibilizar as características processuais com as propriedades das madeiras.
Para processos de usinagem em marcenaria, indicam-se madeiras maciças com baixa concentração de lignina e grande dispersão de fibras curtas de celulose, como exemplo a Virola e a Cerejeira, pois a concentração de lignina não interfere nas propriedades mecânicas, mas a dispersão e o comprimento das fibras de celulose interferem na processabilidade.
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