Considere o consumo das famílias e os gastos do governo num modelo de escolha intertemporal de 2 períodos: presente e futuro. Suponha que as decisões de consumo das famílias possam ser expressas a partir da seguinte equação, também conhecida como restrição orçamentária intertemporal das famílias num modelo de 2 períodos:
C1 + C2/(1 + r) = (Q1 - T1) + (Q2 - T2)/(1 + r)Ci = consumo no período i
Qi = produção no período i
Ti = impostos no período i
r = taxa real de juros.
Suponha ainda que o governo se depare com a seguinte restrição orçamentária intertemporal:
G1 + G2/(1 + r) = T1 + T2/(1 + r)
onde (para i = 1,2)
Gi = gastos do governo no período i
Podemos afirmar então que:
um corte nos impostos no presente tem maiores efeitos no consumo futuro, caso este corte não seja acompanhado por alterações no padrão de gastos do governo
um corte nos impostos no presente com certeza altera o consumo presente, independente de alterações no padrão de gastos do governo no presente e futuro
um corte nos impostos no presente atua no modelo de escolha intertemporal como no modelo keynesiano: o consumo é estimulado pelo aumento da renda disponível
se o governo corta os impostos no presente sem que ocorram alterações no padrão de seus gastos, presente e futuro, tanto o consumo presente quanto futuro ficam inalterados
um corte nos impostos não causa alterações no consumo, já que, em um modelo de escolha intertemporal, o consumo é exógeno
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