Dentre as tendências recentes relativas ao comportamento do mercado de trabalho no Brasil, observase o seguinte movimento:
o crescimento do emprego industrial, além de relativamente tímido na última década, tendeu a se deslocar do interior e das pequenas e médias cidades na direção dos grandes centros urbanos;
na última década, os setores de serviços e de comércio foram os maiores responsáveis pela criação de empregos formais, o que foi, em parte, causado pela reestruturação produtiva da indústria, caracterizada pela terceirização de atividades;
a manutenção de elevados níveis de informalidade da força de trabalho, apesar da tendência de redução no período 1992-2004, se explica em função da redução da informalidade metropolitana, acompanhada do aumento da mesma nas áreas não-metropolitanas;
a análise do mercado de trabalho evidencia um aumento da entrada precoce dos brasileiros no mercado de trabalho, quando comparada aos países mais desenvolvidos, o que, conjuntamente com o retardamento das aposentadorias, contribuiu para alargar o período total de trabalho do trabalhador brasileiro;
a relação entre encargos trabalhistas (FGTS, previdência e contribuições ao Sistema S) e rendimentos totais do setor industrial se reduziu no período recente, favorecendo e expansão das vagas, o que compensou, em parte, o efeito da incorporação de tecnologias poupadoras de mão-de-obra e da perda de competitividade das empresas expostas à concorrência internacional.
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