Em Formação econômica do Brasil (São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003), Celso Furtado considera errôneo supor que a elevação do nível de preços e a redistribuição da renda sejam dois problemas autônomos.
Conforme a concepção do autor, é correto afirmar:
a redistribuição da renda real é o meio pelo qual o sistema econômico procura expandir o processo inflacionário, com o fim de alcançar novo equilíbrio;
se todos os grupos sociais desenvolvessem mecanismos de defesa para impossibilitar a distribuição de renda, haveria uma espécie de inflação neutra, sem efeitos reais;
o estudo do processo inflacionário mostra que o aspecto da expansão monetária ocupa, de forma inequívoca, o primeiro plano no processo de redistribuição de renda;
a inflação é fundamentalmente uma luta entre grupos pela redistribuição da renda real e a elevação do nível de preços é apenas uma manifestação exterior desse fenômeno;
a elevação do nível de preços é a forma como o sistema econômico corrobora uma redistribuição de renda que já existia virtualmente, sempre que ocorre um desequilíbrio.
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