O ajuste da economia brasileira à crise cambial de 1999 envolveu não só medidas emergenciais, mas também (e principalmente) uma mudança de modelo de política macroeconômica. Sobre esse novo modelo e a evolução da política econômica no Brasil pós-1999, é correto afirmar:
Houve nítida mudança no papel da taxa de câmbio em relação ao modelo vigente durante o Plano Real: a taxa de câmbio perdeu a função de âncora dos preços e assumiu o papel de variável de ajuste do balanço de pagamentos.
Houve nítida mudança no papel da taxa de juros em relação ao modelo vigente durante o Plano Real: a taxa de juros deixou de atuar como instrumento de política antinflacionária e tornou-se um instrumento de controle da taxa de câmbio e, indiretamente, do balanço de pagamentos.
O modelo de metas inflacionárias fixou metas de inflação gradualmente decrescentes para o IPCA a partir de 1999, tendo o índice se mantido dentro dos intervalos previstos até o fim do segundo governo Fernando Henrique Cardoso.
A taxa de câmbio foi substituída pelo modelo de metas inflacionárias como âncora dos preços e a política fiscal passou a ser orientada por metas de déficit nominal (meta de déficit zero), visando ao controle da relação Dívida Pública/PIB.
A política fiscal passou a ser orientada por um modelo de metas de superávit primário para o governo central (Governo Federal, Previdência Social e Banco Central), visando ao controle da relação Dívida Pública/PIB e, através desta, do risco-país.
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