A ideia de usar a Educação Física como ambiente propício para a criação de jogos foi proposta pela primeira vez na Inglaterra, no fim da década de 1960. Décadas depois, a criação de jogos foi apresentada com diferentes propósitos na prática pedagógica: com vistas ao desenvolvimento motor; social; do pensamento crítico; do conceito de democracia e do conceito de compreensão esportiva. Recentemente, presenciou-se o surgimento de outra proposta pedagógica que visa o desenvolvimento de uma compreensão mais holística do jogo e envolve quatro aspectos: cognitivo, psicomotor, motivação e valor (respeito às regras, rituais, tradição e significados culturais). Nessa última proposta cabe ao professor
- A. elaborar formas de intervenção que proporcionem ao aluno uma prática reflexiva, em que ele é convidado não só a praticar o jogo, mas também modificá‐lo e criá-lo, o que contribui para a compreensão em sua totalidade, e não somente da prática.
- B. possibilitar situações e tempo para que os educandos vivenciem livremente a experiência de jogar a fim de que possam adquirir os conhecimentos necessários para praticá-lo e compreendê-lo, pois o jogar é próprio da natureza humana e é o que possibilita aflorar as potencialidades de cada um.
- C. incentivar os educandos a vivenciarem os aspectos ritualísticos que compõem a tradição do jogo em questão a fim de que possam adquirir os conhecimentos necessários para compreendê-lo como produção cultural e assim garantir a sua continuidade na cultura.
- D. fomentar situações-problema da ordem de conflitos pessoais a fim de diagnosticar as dificuldades de relacionamento dos alunos e com isso mobilizar os elementos afetivos necessários para a superação desses conflitos, facilitando a criação de jogos em grupos.
- E. proporcionar um ambiente para que o jogo se desenvolva por meio da condução dos alunos a fim de que reconheçam e superem os conflitos existentes de forma autônoma e com isso percebam as dificuldades que encontrarão nos jogos que praticarão na sociedade mais ampla.