A perícia de engenharia foi acionada para levantamento de um local de incêndio. Chegando ao local dos fatos, o perito deparou-se com um parque de tanques de combustíveis onde ocorrera uma explosão vitimando dez pessoas, dentre elas, oito de forma fatal. O perito identificou, por exames no local e pela documentação apresentada, que houve intervenção de um soldador (uma das vítimas fatais) em um dos tanques combustíveis, que, apesar de encontrar-se vazio, não foi submetido à lavagem interna e medição para controle de explosividade de sua atmosfera antes da entrada do soldador. Sendo o perito do caso um especialista em explosões, seu laudo certamente NÃO apresentou que:
- A. O incêndio foi desencadeado pela explosão decorrente da chama aberta em atmosfera em condições dentro da faixa de explosividade do combustível inicialmente armazenado no tanque.
- B. A explosão envolveu combustão e liberação de calor, ocasionando um incêndio de grande magnitude em que a velocidade de propagação da chama foi elevada o suficiente de forma que combustível, comburente e calor reagissem instantaneamente.
- C. A explosão causou, tanto pela onda de choque produzida como pela expansão dos gases, deformações de materiais, rupturas estruturais e, ainda, incêndios devido à propagação de chamas que frequentemente acompanham o fenômeno.
- D. Há tanto misturas explosivas quanto substâncias puras, ambas suscetíveis à decomposição química em elevados volume, temperatura e pressão, à alta velocidade de propagação, quando sujeitas à energia de ativação, térmica, elétrica ou mecânica, classificadas, então, como térmicas, elétricas ou mecânicas. A explosão que se sucedeu foi, então, elétrica devido ao equipamento utilizado (solda elétrica).
- E. O monitoramento diário das condições de armazenamento, o manuseio adequado e controlado, as condições locais seguras, sua disposição de acordo com as Normas e manutenção periódica são medidas preventivas fundamentais para se evitar acidentes envolvendo tanques de combustíveis.