Com base nas considerações de ALTOÉ (2004) sobre o trabalho institucional com crian-ças e adolescentes, é INCORRETO afirmar que
a abordagem psicanalítica em instituições de acolhimento de crianças e adolescentes permite que estes sejam percebidos a partir de sua subjetividade, história de vida, problemas e déficits, como indica a expressão legal, inscrita no Estatuto da Criança e do Adolescente, "criança carente".
a mudança fundamental decorrente da substituição do Código de Menores pelo Esta-tuto da Criança e do Adolescente reside no fato de a criança e o adolescente passarem a ser sujeitos de direito, em oposição à condição de pessoas em situação de irregula-ridade.
as instituições que acolhem crianças e adolescentes, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, devem funcionar visando a assegurar os direitos à vida, à proteção, à educação e ao lazer, entre outros, e não mais, a atuar buscando a correção ou a repressão.
uma das principais contribuições da Psicanálise a uma instituição de acolhimento de crianças e adolescentes consiste em torná-la não-toda — ou seja, em marcar sua im-possibilidade de atender a criança em todas as suas necessidades —, sem que isso implique, contudo, a ausência de disciplina ou de normas educativas.
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