Texto para as questões de 38 a 40
Joana e Tales são pais de Carlos, de seis anos de idade. Procuraram ajuda psiquiátrica e psicológica devido aos vários hábitos e tiques apresentados pela criança. Desde os cinco anos de idade, Carlos vinha apresentando dificuldades em respeitar regras e limites. Além disso, lambia a palma das mãos, pigarreava e cuspia com frequência. No início, pais e professores acreditavam que os tiques e a desobediência eram característicos da personalidade de Carlos, não interferindo de maneira significativa no desenvolvimento das atividades nem na relação com os colegas. Com o passar do tempo, Carlos parecia ignorar o espaço pessoal das outras crianças, mostrando-se mais explosivo e excessivamente ativo. Apresentava, ainda, dificuldades na coordenação motora fina e no controle dos impulsos, o que passou a interferir em seu campo social e afetivo.Com base no caso clínico relatado, assinale a opção correta.
Podem-se considerar o comportamento e as atitudes de Carlos como inadequados a sua faixa etária. No desenvolvimento normal, a conquista da autonomia e do controle se dá aos três anos de idade, sendo compreensível que, nessa idade, a criança apresente dificuldades em relação aos limites do espaço eu-outro, aos comportamentos permitidos e proibidos e a respeito das instâncias normativas.
Em uma perspectiva sistêmica, é possível entender o comportamento de Carlos fazendo-se um diagnóstico do sistema familiar em que ele se encontra. É possível afirmar que os comportamentos disfuncionais (associados à dada assimetria) apresentados por Joana e Tales estejam funcionando como estímulos reforçadores para as atitudes da criança.
Nesse caso, em um primeiro momento, o encaminhamento psicológico torna-se ineficiente, haja vista a gravidade do quadro. É urgente a intervenção psiquiátrica frente ao grau de sofrimento e angústia experienciados pela criança. Os sintomas apresentados apontam para dificuldades do grupo familiar de apoio e escolar no acolhimento às defasagens de Carlos.
A intervenção médica pode ser considerada, devido aos prejuízos sociais e afetivos da criança. Nesse caso, os motivos devem ser discutidos com os pais, mostrando-se a importância do encaminhamento médico no tratamento do filho.
No caso específico de Carlos, não seria interessante que a equipe escolar fosse informada a respeito do diagnóstico e do acompanhamento psiquiátrico, haja vista que a criança poderia se sentir exposta, dificultando ainda mais o convívio com professores e colegas de classe.
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