Segundo Rita Aparecida Romaro, a abordagem cognitivocomportamental, utilizando métodos específicos que objetivam trabalhar a impulsividade e a instabilidade emocional, tem conseguido gradativamente espaço e sucesso no tratamento de pacientes borderline, principalmente por meio da terapia dialética comportamental proposta por Linehan, em 1983, para pacientes suicidas. Essa técnica procura
- A. envolver a família em uma terapêutica psicoeducacional ou sistêmica, ou ainda, dependendo do caso, dinâmica, além do uso de psicofármacos e psicoterapia individual (combinados ou não).
- B. focalizar a construção de relações de intimidade, a clarificação de metas a serem alcançadas e a possibilidade de remediar as relações familiares, principalmente com pais e irmãos, se possível reduzindo os efeitos de traumas físicos e sexuais ocorridos no passado, mudando, dessa forma, o contexto de aceitação da realidade.
- C. mesclar a psicoterapia de grupo com a individual, propondo como modalidade de tratamento algumas modificações entre elas, por exemplo, a prática de responder diretamente ao paciente e não ao grupo, procurando modificar um negativo e desesperador senso de si.
- D. uma associação com a psicoterapia familiar, considerando o baixo nível de emoção expressa, o ambiente caótico e disruptivo, nos quais os pais também se apresentam como pessoas bastante comprometidas emocionalmente, favorecendo a ocorrência de agressões físicas e psicológicas.
- E. associar-se às psicoterapias de longo prazo, de insight ou suportivas, quando necessário, em casos mais crônicos, sendo que dados indicam que em 76% dos casos, os pacientes conseguiram uma melhora da sintomatologia e capacitação para se situarem em uma área de variação normal do funcionamento psíquico.