Psicologia - Psicologia Organizacional - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2008
Há um mês, Pedro, de 35 anos de idade, recebeu o diagnóstico de câncer no cérebro, cujo prognóstico vislumbra poucos meses de vida. De imediato, sua preocupação era se conseguiria conciliar o tratamento com o trabalho, recusando terminantemente a proposta do médico para afastar-se temporariamente desta atividade, que representa sua ligação com a vida. No trabalho, fez um acordo com seu chefe de se ausentar apenas nos dias da quimioterapia, uma vez a cada quinze dias. Após três meses de tratamento, Pedro se apresentava fisicamente debilitado, com sintomas de desequilíbrio físico, sofrendo repetidas quedas ao tentar se levantar sozinho, mas continuava a ir trabalhar. Os colegas percebiam a dificuldade de Pedro em realizar suas tarefas, a falta de concentração e de organização, mas ficavam apreensivos de lhe pedir que se afastasse do trabalho com receio de induzi-lo a um quadro depressivo.
Acerca da intervenção do psicólogo organizacional nessa situação de doença terminal no âmbito do trabalho, assinale a opção correta.
O psicólogo deve interpretar a negação de Pedro em relação a sua incapacidade para o trabalho como patológica, acarretando prejuízos para a empresa, e deve comunicar à família seu afastamento de forma compulsória, caso ele se recuse a entrar em licença.
O psicólogo, informado das dificuldades enfrentadas pelo paciente e também da importância que ele dá ao seu trabalho, visando proporcionar a ele algumas ilusões positivas, deverá propor um afastamento temporário, apenas o suficiente para que se restabeleça dos sintomas que o tornam inoperante para o trabalho.
O psicólogo deverá convocar a família de Pedro para avaliar o impacto da situação vivida por todos diante da doença terminal, e propor que juntos tentem convencer Pedro a afastar-se do trabalho tendo em vista sua falta de condições físicas.
O psicólogo deve considerar que estando em estágio avançado da doença, Pedro pode beneficiar-se, juntamente com sua família, de um acompanhamento psicológico com foco na qualidade de vida. Nesse processo, é importante que a família possa aconselhá-lo até que sejam definidas outras metas alcançáveis, levando em consideração as limitações atuais, e ele decida afastar-se do trabalho.
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