A grave crise que o setor de saúde no Brasil vem enfrentando nos últimos anos se expressa como uma crise de governabilidade do sistema e das organiza- ções de saúde, de resolutividade e eficiência. Esta crise tem impulsionado experiências inovadoras no que se refere tanto ao desenho de novos sistemas de gestão, como ao desenvolvimento de ferramentas gerenciais. (AZEVEDO; BRAGA NETO; SÁ, 2002, p. 236). Dessas transformações surge a necessidade de revisão da concepção de organização, da noção de sujeito e do entendimento dos processos intersubjetivos em seu interior, donde entende-se a abordagem psicossociológica uma contribuição importante neste sentido. Pergunta-se, dentre as contribuições da abordagem psicossociológica para a análise e intervenção na problemática da relação entre indivíduos e organizações, encontramos
O fato de que para a abordagem psicossociológica o reconhecimento da incerteza quanto aos resultados da intervenção é dispensável, uma vez que o foco é a análise da situação desde a demanda inicial;
O fato de que a intervenção começa pela própria análise do pedido de intervenção e da(s) demanda(s) que o sustenta(m), sendo fundamental a compreensão do cliente como o conjunto dos indivíduos e grupos integrantes da organização, apontando os riscos de se ligar exclusivamente a um determinado grupo;
O fato de que a simplicidade dessa abordagem promove práticas complexas, restritas a uma dimensão pouco reflexiva;
O fato de que essa abordagem não favorece a reflexão na busca de sentidos para as interações humanas, pautando na solução objetiva das questões surgidas na organização;
N.D.A.
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