Antônia, mãe de Maria, fez contato telefônico para marcar uma sessão para a filha de seis anos de idade e, de acordo com a técnica psicoterápica e psicanalítica, é necessária uma sessão com os responsáveis pela criança antes de iniciar a psicoterapia com a criança. Na sessão com a mãe, verificou-se que a dupla investia muito na relação delas, e que as duas passavam muito tempo juntas. Antônia separou-se do marido quando a filha tinha dois anos de idade e mantém uma relação cordial com ele. Como Antônia relata, o pai vê a filha com frequência e participa da vida dela no próprio lugar de pai. Tratavam-se de pais que apenas deixaram de ter uma relação conjugal e mantinham, de forma consciente, o lugar de pai e mãe. Antônia relatou que estava tendo dificuldades no relacionamento com a filha no que tange aos combinados e acordos do dia a dia. Relatou que a filha passara a argumentar com ela a ordem dos afazeres e propunha outros combinados que atendessem as duas. Antônia relatou não saber lidar com isso e ver-se perdendo a paciência com a filha frequentemente. Atribuía isso à respectiva criação e educação em que não havia espaço para combinados com os pais; apenas obedecia ou apanhava. Certamente Maria convocava essa mãe a repensar e reformular o modelo de criação e educação que recebeu, ou seja, a construir com a filha novas formas de se relacionar e de funcionar além do que vivera quando criança. Essa era a questão da mãe.
A respeito desse caso clínico hipotético e com base na visão psicanalítica acerca do desenvolvimento humano, julgue os itens a seguir.
É correto afirmar que a mãe winnicottiana suficientemente boa possibilita ao bebê a ilusão de o mundo ser criado por ele, em uma experiência de onipotência primária como base do fazer-criativo.{TITLE}
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